Tanto tempo desde a última postagem.
Já completo quase um mês de viagem.
Ainda tenho muitas coisas pra dizer, mas não sei bem ao certo o que tenho vontade de dizer hoje.
A última semana foi única. Um curso de teatro de uma semana na "Cartoucherie", mais precisamente no "Théâtre de la Tempête" com Dominique Boissel.
Primeiras cenas em francês, improvisações, textos dramáticos, discussões de proposição de cena, contação de história, tudo em Francês. Agora sim, falei bastante em francês. Às vezes as palavras faltavam, mas nada que um pequeno gesto não ajudasse a decifrar o que eu queria e me fizesse por consequência aprender palavras novas. Iiii... várias palavras novas... e muitas chances de colocar mesmo o francês na cabeça, observar muito as pessoas falando, enfim...
O conteúdo do curso também foi bem interessante e fiquei contente comigo mesmo, apesar da dificuldade da língua.
Bem, relato simples. O tempo é sempre incerto. Geralmente feio e às vezes com sol. Que não é um sol quente. Quente! Não... E sempre me engano. Olho pela janela um sol. Saio de casa com um pouco menos de roupa e... passo frio. Lembrando que em todo lugar tem aquecimento então o frio é só enquanto se está na rua.
Assisti na quinta-feira um recital de Fernando Pessoa intitulado "Pessoa" e com música, declamações e etc. Entrada gratuita no Teatro Aquarium. Além da parte boa do espetáculo, fomos surpreendidos com um bom vinho francês (de graça) e com uma sopa deliciosa pra acompanhar. Primeira ótima experiência como público na Cartoucherie. O Théâtre du Soleil (acho que um dos mais importantes do mundo) de Ariane Mnouchkine ficou só no namoro. Assim que nos aproximarmos mais um pouco conto tudo. Mas já foi uma honra passar a semana indo lá todos os dias e fazendo cenas e trabalhando do lado.
Visitei Montmartre de dia. Só tinha ido de noite. Vale a pena ir nos dois horários. Mais um Chocolat Chaud no "Deux Moulins" e uma piscadela para o "Moulin Rouge".
Ah... às vezes ainda é preciso acordar e dizer pra mim mesmo: _ Você está em Paris!
Mesmo que a realidade seja outra, que a Torre Eiffeil esteja sempre lá e enfim... ainda me preciso lembrar...
Hoje os acordeons tocaram nas ruas de Montmartre. A Paris um pouco sonhada, idealizada e apresentada nos filmes. Tudo é bem diferente e bem igual, na verdade.... E sempre com turistas... sempre... As estátuas vivas de Belo Horizonte são de infinita melhor qualidade que as de Paris que são descuidadas e não tem graça nenhuma. rs.
Mesmo os parisienses precisam de mapa pra se orientar no metrô... isso foi novidade. Mas nada mais óbvio, são 14 linhas, mais 4 linhas que vão na periferia, mais vários trens... mais ônibus... enfim...
Vinhos e queijos se fazem cada vez mais presentes mesmo. Camembert é sensacional. E está em todos os meus cafés da manhã. Fico feliz que o leite é barato.
Comi vários pratos franceses e estou satisfeito com a culinária francesa. Às vezes confesso que colocaria um pouco mais de sal, mas é realmente uma questão de gosto.
E acho mesmo que é uma questão de sorte que o seu prato esteja delicioso ou passável. Já comi pato. Foi o mais ousado... rs. Como comer esses pratos não é a coisa mais barata do mundo, não dá pra comer todo dia.
O Restaurante Universitário (vulgo bandejão pra nós brasileiros) é uma praça de alimentação jamais vista por mim. São vários pratos para escolher, além de salada, queijo, pão e sobremesa. Tudo super legal...
Continuo cozinhando bastante. Às vezes é preciso saber fazer coisas rápidas, às vezes dá tempo de curtir a cozinha, às vezes ela é apressada mesmo... embora sempre com o prato colorido e bonito.
Falta aqui: abóbora moranga, cenoura amarela (batata baroa), mandioca, quiabo, couve, salsinha, cebolinha e feijão, é claro. Bom, o enlatado é meio esquisito, mas já ajuda a preencher o vazio.
Agora o sono já bate. Queria mandar um beijo pra Lelê, pra Nini, pra Sosô, pra Lalá, pra Nunu, pro Mathew, pro Uel, pro Nado e pro Gui. Um beijo pra minha vó, pro meu vô, pra minha mãe, pra minha irmã e pra você!
Se eu não sou o Gui, sou o "você". Beijo também, Dioguinho!
ResponderExcluirGuilherme Théo